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Chega de violência contra a mulher!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Carta de Paulo Apóstolo...


Ainda que eu falasse as línguas,

dos homens e as dos anjos,

se eu não tivesse amor,

seria como um bronze que soa

ou como um címbalo que tine.

Ainda que eu tivesse o dom da profecia,

o conhecimento de todos os mistérios

e de toda a ciência,

ainda que tivesse toda a fé,

a ponto de transportar montanhas,

se não tivesse amor,

eu nada seria.

Ainda que eu distribuísse

todos os meus bens aos famintos,

ainda que eu entregasse o meu corpo às chamas,

se não tivesse amor,

isso nada me adiantaria.

O amor é paciente

o amor é prestativo

não é invejoso, não se ostenta,

não se enche de orgulho.

Nada faz de inconveniente,

não procura o seu próprio interesse,

não se irrita, não guarda rancor.

Não se alegra com a injustiça,

mas se regozija com a verdade,

Tudo desculpa, tudo crê,

tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais passará.

Quanto às profecias, desaparecerão.

Quanto às línguas, cessarão.

Quanto à ciência, também desaparecerá.

Pois o nosso conhecimento é limitado,

e limitada é nossa profecia.

Mas quando vier a perfeição,

o que é limitado desaparecerá.

Quando eu era criança, falava como criança,

pensava como criança, raciocinava como criança.

Depois que me tornei homem,

fiz desaparecer o que era próprio de menino.

Agora vemos em espelho e de maneira confusa,

mas, depois, veremos face a face.

Agora o meu conhecimento é limitado,

mas, depois, conhecerei como sou conhecido.

Agora, portanto, permanecem a fé, esperança, amor.

Estas três coisas.

A maior delas porém, é o amor.

La Vie En Rose: Carta de Paulo Apóstolo aos Coríntios,capítulo 13

Raio de Sol

Se desejas aprender a lição da indulgência, observa o raio de sol.
Dissipando a treva noturna, desce á Terra, cada dia, recapitulando, mil vezes, o mesmo ensinamento de serviço e de paz.

Não indaga pelas sombras da furna.
Não teme os vermes que se lhe associam.
Não se queixa da corrente miasmática que flui do despenhadeiro.
Desce, contente e feliz, à intimidade do precipício, com a mesma radiação com que nutre fontes e flores.

Aquece o sábio e o ignorante, o santo e o malfeitor, os justos e os injustos, os bons e os maus, com a mesma generosidade, dentro da qual coroa os cimos do céu.
Ampara a erva daninha e o bom grão, a árvore valiosa e o arbusto infeliz, com o mesmo carinho no qual se desdobra, claro e otimista, sobre lares e asilos, escolas e templos, hospitais e jardins.

Se a nuvem lhe empana o caminho, espera que a nuvem se dissolva e torna a fulgurar.
Se a tempestade enegrece o firmamento, aguarda, imperturbável, a recuperação da harmonia e volta a cumprir sua missão de amor...

Não te esqueças.
O mundo jaz repleto de obstáculos da incompreensão de tormentas do ódio, de temporais de lágrimas e de incontáveis infortúnios...
Aqui, em vales de sombra, medra o escalracho da discórdia, ali, abre-se o abismo de aflitivas desilusões...
Além, multiplicam-se cardos venenosos do orgulho e do exclusivismo, da miséria e da crueldade e, mais além, destacam-se, agressivos e contundentes, largos espinheiros de intolerância...
Não perguntes, porém, pelos impedimentos prováveis...

Não relaciones as angústias da marcha...
Recorda que Cristo é o Sol Imortal de nossas vidas e sê tu para as sendas que te cercam, o raio de Sol infatigável no bem, espalhando em tua passagem o júbilo da esperança renascente, o dom imperecível da luz e a graça do perdão.

Emmanuel / Chico Xavier

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Seja um idiota...

A idiotice é vital para a felicidade

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre.

Poutz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?

Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!

Ria dos próprios defeitos.

E de quem acha defeitos em você.

Ignore o que o boçal do seu chefe disse.

Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice.

Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?

Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas.

E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar.

Eu não quero alguém assim comigo.

Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria.

Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: PASSAGEIRAS.

Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um leitinho gostoso agora?

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios".

"Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche"

Category:
Film & Animation






Trechos de Violetas na Janela

"Todos nós devemos nos transformar e ajudar na transformação de outros para que sejam felizes um dia."

"Observando melhor, vi que não havia diferença substancial entre o encarnado avesso ao espírito e o desencarnado esquecido de sua semelhança com Deus."

"A desencarnação para os bons é paz e alegria. Para os maus e ociosos, é o começo de sua colheita."

"A alma, o espírito, tem sempre muitas oportunidades e pode, pelo seu livre-arbítrio, refletir o belo e o bem, ou o feio e o mal. O belo e o bem apresentam-se em harmonia e com equilíbrio, e dessa união surge o amor que os leva a progredir espiritualmente. O feio apresenta-se na turbulência da ignorância, gerando o ódio, inveja, os desejos insaciáveis, o egoísmo, que é a maior chaga pertubadora, o luxo e a luxúria, tornando o homem um verdadeiro vulcão de conflitos interiores, tornando a vida humana um inferno, seja encarnada ou desencarnada."

"Devemos compreender sem ilusão o que realmente somos, e não o que pensamos ser e, com coragem, realizar nossa transformação. Ser agora, no presente. O futuro é uma consequência vivida do presente e não fruto de aspirações de uma mente ociosa, que deixa sempre essa transformação para depois."

"O saber que a maioria dos homens e espíritos, tem como um fim, deveria ser como um meio, para que possa evoluir até sua cosmificação. Nós, para vivermos na matéria, não precisamos ler, mas isso facilita muito. Assim também o conhecimento não realiza o homem espiritualmente, mas lhe dá condições de compreender e encontrar a bem-aventurança."

"Não se deve pedir graças, favores aos familiares desencarnados, não se sabe se eles podem ou não atender."
"Autopiedade não leva a nada, só maltrata."

"Religião faz falta, pois quando se é religioso sente-se proteção e, quando se é realmente sincero, devoto na religião, os sofrimentos são mais bem compreendidos e a morte não aterroriza tanto."

"Não importa se estamos encarnados ou desencarnados temos que aprender, progredir e por em prática o que se aprende."

"Temos que educar as nossas vontades."

"A reação é conforme a ação."

Muito lindo esse livro...recomendo...

domingo, 21 de setembro de 2008

Gosto de Ti...



"O Vento passou e disse:
Gosto de ti
E a flor abriu-se em pétalas
de todas as cores.

A onda passou e disse:
Gosto de ti
E na praia a areia
ficou muito lisa.

A noite passou e disse:
Gosto de ti
E as árvores cheias de orvalho
ficaram mais verdes.

O sol passou e disse:
Gosto de ti
E o trigo muito louro
acenou com as espigas maduras.

O amigo passou e disse:
Gosto de ti
E o coração
Ficou a dançar de alegria!"

Felicidade Possível...


Acreditavas que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente. Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor; no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas.
Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a tua busca.


Planejastes a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, descansasses da fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.
Passam-se anos, e somas frustrações, anotando desencantos e amarguras, sem anelada conquista.

Lentamente, entregas-te ao desânimo, e sentes que estás discriminado no mundo, quando vês as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e jubilosos, desperdiçando saúde, robustez, corpos venusinos e apolíneos, usando cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em desportos da moda, invejáveis, triunfantes... Crês que eles são felizes...


Não sabes quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer lá.
Sob quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as marcas do ressaibo, do arrependimento. Alguns envenenaram a alma dos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e disputados.

Muitos se entregaram a drogas perturbadoras, que lhes consomem a juventude, qual ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram. Esquecidos e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se acolheram ou foram atirados. Felicidade, porém, é conquista íntima.
.
Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto.
Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão. Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador.

As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz. A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção. Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.

Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejantes relvas, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão. Reúne essas florzinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.

Joanna de Ângelis / Divaldo Franco


Louis Armstrong - What A Wonderful World





terça-feira, 9 de setembro de 2008

Fome, Miséria e Abandono...


A fome e a miséria aos poucos tomam conta do mundo. Retratos do abandono, a visão de uma terra sem dono, onde não existe a quem obedecer.

Pessoas lutando pela sobrevivência, a cada resto encontrado, a certeza de respirar mais algumas horas, o nascer de uma pequena esperança.

Esperança que sobrevive há dias a fio, a alegria de mais um amanhecer, e a tristeza da incerteza se a noite irá chegar.

O desespero do homem ao se retratar no abandono, o medo o faz perder o sono, onde a cada dia a dor aumenta, da fome sedenta, da qual não pode saciar.

A força de cada passo, o corpo com a estrutura de aço, a cada caminho, uma vitória, a cada lembrança uma história sem poder escrever.

O grito das crianças, o olhar para o céu, o acreditar numa esperança, sendo como a única força de viver.

Força de vencer e existir, força de acreditar e nunca desistir, força de manter o imaginário, tendo a vida como um cenário da dor e do sofrer.

A persistência por não deixar tudo acabar, o sorriso que teima em aparecer, a ajuda que talvez nunca vá chegar, mesmo assim lutam nessa guerra pra vencer.

Das cinsas dessa existência, o não ter o que por a mesa, o abaixo da pobreza, traz a mentira no ar, o alimento para alimentar o passar de mais um dia, que com uma expressão no rosto de alegria, lutam por mais um prato de comida.

Isso deixa apenas transparecer, o verdadeiro abandono de um ser, que não quer morar em nenhum palácio, quer apenas que alguém lhe de qualquer coisa para comer ou beber, para aliviar o cansaço.

Um povo esquecido pelo próprio irmão, um povo que implora por um pedaço de pão, um povo que nos ensina sem querer a entender, a verdadeira dor de um sofrer, o sorrir no mar de lágrimas, carregando nos olhos a força do querer, com a estrutura do saber... Sendo como a principal base para se viver.

- A U S C H W I T Z - Ainda existe!




- A U S C H W I T Z - Ainda existe! O preconceito, descaso e o abandono mata milhares de inocentes como nos campos de concentrações. É preciso dizer mais alguma coisa? "Todo o bem que eu puder fazer, toda a ternura que eu puder demonstrar a qualquer ser humano, que eu os faça agora, que não os adie ou esqueça, pois não passarei duas vezes pelo mesmo caminho."(James Green)... E mesmo que eu retorne, provavelmente não encontrarei as mesmas pessoas, poderá ser tarde demais! Pensem nisso...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Parábola do Bom Samaritano


Certa vez, estando Jesus a ensinar, "eis que se levantou um doutor da lei e lhe disse, para o experimentar: - Mestre, que hei de fazer para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: - Que está escrito na lei? Como é que lês? Tornou aquele: - "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de toda a tua mente; e a teu próximo como a ti mesmo". - Respondeste bem, disse-lhe Jesus . Faze isto, e viverás. Mas ele, querendo justificar-se, perguntou ainda: - E quem é o meu próximo? Ao que Jesus tomou a palavra e disse: Um homem descia de Jerusalém a Jerico e caiu nas mãos dos ladrões que logo o despojaram do que levava; e depois de o terem maltratado com muitas feridas, retiraram-se, deixando-o meio morto. Casualmente, descia um sacerdote pelo mesmo caminho; viu-o e passou para o outro lado. Igualmente, chegou ao lugar um levita; viu-o e também passou de largo. Mas, um samaritano, que ia seu caminho, chegou perto dele e, quando o viu, se moveu à compaixão. Aproximou-se, deitou-lhe óleo e vinho nas chagas e ligou-as; em seguida, fê-lo montar em sua cavalgadura, conduziu-o a uma hospedaria e teve cuidado dele. No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo: Toma cuidado dele, e o que gastares a mais, pagar-te-ei na volta. Qual destes três se houve como próximo daquele que caíra nas mãos dos ladrões? Respondeu logo o doutor: - Aquele que usou com o tal de misericórdia. Então lhe disse Jesus: Pois vai, e faze tu o mesmo" ( Lucas, X, 25-37 ). Qual o ensinamento que o Mestre aí nos dá? O de que para entrarmos na posse da vida eterna não basta memorizarmos textos da Sagrada Escritura. O que é preciso, o que é essencial, para a consecução desse objetivo, é pormos em prática, é vivermos a lei de amor e de fraternidade que ele nos veio revelar e exemplificar. Haja vista que o seu interpelante, no episódio em tela, é um doutor em teologia, que provou ser versado em religião, visto que repetiu de cor, sem pestanejar, palavra por palavra, o conteúdo dos dois principais mandamentos divinos. Mas, conquanto fosse um mestre religioso e nessa condição conhecesse muito bem a lei e os profetas, não estava tranqüilo com a própria consciência; sentia, lá no íntimo da alma, que algo ainda lhe faltava . Daí a sua pergunta: "Mestre, que hei de fazer para alcançar a vida eterna”. Não o martirizasse uma dúvida atroz sobre se seriam suficientes os seus conhecimentos teológicos e os privilégios de sua crença para ganhar o reino do céu, e não se teria ele dirigido ao Mestre da forma como o fez. Notemos agora que - o isso é de suma importância -, em sua resposta, Jesus não disse, absolutamente, que havia uma "predestinação eterna", isto é, "uma providência especial”, que assegura aos eleitos graças eficazes para lhes fazer alcançar, infalivelmente, a glória eterna"; também não falou que havia uma "salvação pela graça, mediante a fé; nem tampouco indicou como processo salvacionista à filiação a esta ou àquela igreja; assim como não cogitou de saber qual a idéia que o outro fazia dele, se o considerava Deus ou não. Ante a citação feita pelo doutor da lei, daqueles dois mandamentos áureos que sintetizam todos os deveres religiosos, disse-lhe apenas: "Faze isso, e vivereis", o que equivale a dizer: aplica toda a tua força moral, intelectual e afetiva na produção do BEM, em favor de ti mesmo e do próximo, e ganharás a vida eterna! O tal, porém, nem sequer sabia quem era o seu próximo! Como, pois, poderia amá-lo como a si mesmo, a fim de se tornar digno do Reino? Jesus, então, extraordinário pedagogo que era, serenamente, sem impacientar-se, conta-lhe a parábola do "bom samaritano", através da qual elucida o assunto, fazendo-o compreender que ser próximo de alguém é assisti-lo em suas aflições, é socorrê-lo em suas necessidades, sem indagar de sua crença ou nacionalidade. E após argüi-lo, vendo que ele entendera a lição, conclui, apontando-lhe o caminho do céu em meia dúzia de palavras: "Pois vai e faze o mesmo!". Se a salvação dos homens dependesse realmente de "opiniões teológicas" ou de "sacramentos" desta ou daquela espécie, como querem fazer crer os atuais doutores da lei, não seria essa a ocasião oportuna, propícia, para que Jesus o afirmasse peremptoriamente? Mas não! Sua doutrinação é completamente diferente disso tudo: Toma um homem desprezível aos olhos dos judeus ortodoxos, tido e havido por eles como herege - um samaritano - e, incrível! Aponta-o como "modelo", como "padrão", aos que desejem penetrar nos tabernáculos eternos! E' que aquele renegado sabia praticar boas obras, sabia amar os se s semelhantes, e, para Jesus, o que importa, o que vale, o que pesa, não são os "credos" nem os "formalismos litúrgicos", mas os "bons sentimentos", porque são eles que modelam idéias e dinamizam ações, caracterizando os verdadeiros súditos do Reino Celestial.

Próximo é toda pessoa, necessitada que se apresente. O próximo do Samaritano foi o doente do caminho.
"Certa vez Jesus disse: Graças te dou oh! Pai, porque os teus ensinos tu o revelastes aos pequeninos e humildes. E os escondestes aos sábios e orgulhosos."

Pergunta O que queria dizer Jesus com isso.
Resposta Que muitos como o Fariseu , o Sacerdote e o Levita que eram os intelectuais da época ficariam sem entender a profundidade da filosofia Cristã ao passo que homens simples como o Samaritano que não tinha cultura , mas possuía um bem inestimável que era o coração bem formado para o AMAR ao seu semelhante.

O Samaritano não perguntou, não investigou, não suspeitou, apenas ajudou. Não lhe interessou saber se o pobre irmão possuía esta ou aquela posição social esta ou aquela religião se era rico ou pobre. Somente viu nele um irmão necessitado de auxilio e mediato.
Então o Samaritano foi misericordioso . Não julgou mal Foi paciente, foi benigno .Não se conduziu inconvenientemente, não procurou interesses pessoais, não se exasperou, não se sentiu superior, entristeceu-se com a injustiça .Como diz o Apóstolo São Paulo: O AMOR È O DOM SUPREMO.
O Samaritano não falava a língua dos anjos, não profetizou, não demostrou conhecer ciências e filosofias, e entretanto foi realmente o anjo do Próximo, como disse Jesus.
O maior, Dom é o amor.
O Samaritano possuía esse Dom.
Façamos nós o mesmo.

"Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê" - 1 João 4:20.

"Ninguém já mais viu a Deus; se amarmos UNS AOS OUTROS, Deus permanece em nós, e o SEU amor é em nós aperfei­çoado" - 1 João 4:12.

"Eis que estou à porta (que é o nosso coração) e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa (vida) e cearei com ele, e ele comigo".Apocalipse 3:20




Nossa capacidade de prestar atenção.

Certa tarde, no Princeton Theological Seminary, quarenta estudantes esperavam para dar um sermão pelo qual seriam avaliados. A metade escolheu tópicos bíblicos aleatórios. A outra metade optou pela parábola do Bom Samaritano, que parou para ajudar um estranho na estrada, um homem machucado que fora ignorado por pessoas supostamente mais "piedosas".


Os seminaristas trabalharam juntos em uma sala e, a cada 15 minutos, um deles saía e se dirigia a outra sala, onde daria o sermão. Nenhum deles sabia que estava participando de um experimento sobre altruísmo.

No caminho, passavam diante de uma porta em que havia um homem caído, gemendo de dor. Dos quarenta estudantes, 24 passaram direto, ignorando os gemidos do homem. E os que deveriam dar um sermão sobre a parábola do Bom Samaritano não se preocuparam mais em parar e ajudar do que os do outro grupo.

Para os seminaristas, o tempo era mais importante. Entre dez que acreditavam estar atrasados para o sermão, só um parou: entre outros dez que acreditavam ter tempo de sobra, seis ofereceram ajuda.

Dos muitos fatores que estão em jogo no altruísmo, um dos mais importantes parece consistir simplesmente em dedicar um pouco de tempo a prestar atenção: nossa empatia é mais forte quando nos concentramos totalmente em alguém e nos envolvemos emocionalmente.

(...) Aparentemente, os seminaristas que passavam apressados a caminho da sala onde dariam sermão não estavam dispostos ou não podiam dispensar atenção ao homem caído porque estavam presos aos próximos pensamentos e à pressa.

As pessoas nas ruas movimentadas das cidades têm menos probabilidade de notar, cumprimentar ou oferecer ajuda a alguém em razão do que vem sendo conhecido como "TRANSE URBANO". Alguns sociólogos afiram que tendemos entrar nesse estado de auto-absorção nas ruas apinhadas das grandes cidades como forma de nos proteger da sobrecarga de estímulos à nossa volta.

(...) Além disso, as barreiras sociais nos cegam. Um mendigo que pede esmola na rua de uma grande cidade pode não receber atenção de um transeunte que, por sua vez, alguns passos adiante, pode muito bem responder à solicitação de uma jovem bem-vestida que recolhe assinaturas para um abaixo-assinado com motivação política.

Em suma, nossas prioridades, grau de socialização e inúmeros outros fatores sociais e psicológicos podem levar-nos a direcionar ou inibir a atenção ou as emoções que sentimos - e, assim, nossa empatia.

O simples fato de prestarmos atenção permite-nos desenvolver uma conexão emocional. Sem atenção, a empatia não tem vez.
(Inteligência Social, Daniel Goleman, 2006, Editora Campus, pag 58)

Vejam agora Daniel Goleman a falar sobre a parábola do Bom Samaritano .... Daniel Goleman: Why aren’t we all Good Samaritans?


CONFIE SEMPRE...


Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo ...
(Chico Xavier)

Charlie Chaplin – Pensamento.

http://br.youtube.com/watch?v=Aj10C-SXsXY&feature=related


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Amizade é uma palavra Pequena...

Amizade é uma palavra pequenininha,
mas que nunca vem sozinha.
Ela dá sempre a mão com o
conta comigo,
estou aqui,
se precisar, me chame,
estou feliz por você,
torço por você,
se precisar de um ombro, tenho dois,
penso em você,
gosto de você
estou te ouvindo,
não te esqueço,
mesmo se não nos falamos todos os dias...
Amizade é esse amor misterioso e gostoso do coração dividido e unificado ao mesmo tempo.
Quem pode entender que o coração
possa amar tanto e tantos?
O coração de um amigo é um mapa mundi
onde cada um se encontra em algum lugar,
mas todos fazem parte do mesmo globo.
Diferentes, especiais e importantes,
cada um a sua maneira.
E são nas diferenças que nos completamos,
nas desavenças que aprendemos o perdão,
a paciência e a humildade...(Letícia Thompson)

http://www.youtube.com/watch?v=WeLCRqoq2rU

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O Pequeno Príncepe e a Raposa..

"A gente só conhece bem as coisas que cativou”, disse a raposa. Os homens não têm tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me! Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa . Mas tu não deves esquecer “Tu se tornas eternamente responsável pelo que cativas” Vai rever as rosas... Tu compreenderás que a tua, é a única no mundo.
É simples, o segredo:

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. "Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez sua rosa ser tão importante”. "Tu és responsável pela rosa...disse a raposa..." Antoine De Saint- Exupéry)

http://www.youtube.com/watch?v=IceISujshAs
http://www.youtube.com/watch?v=Z8hZjLcVB9A

domingo, 31 de agosto de 2008

Conserva-te em harmonia...

Vês esboroarem-se a antiga construção dominadora, ao sopro do vendaval que varre a Terra.
Acompanhas a decadência dos valores éticos de alta magnitude, sob o terremoto da alucinação que es estabelece.
Assistes a volúpia do prazer descabido, em nome dos novos rumos que a sociedade se impõe.
Observas a delinqüência em crescendo, sem aparente próxima solução em pauta.
São tantos os abusos e tais aberrações, que te percebes estranho no contexto social hodierno, sentindo-te deslocado no lar, no trabalho, onde te apresentas.
Como efeito, a depressão te ameaça, o medo te assusta, o conflito te perturbam.
Indagas, aturdido:- “Como será o futuro? Que conduta deverei assumir nestas graves circunstâncias?’’”.

Tem calma! Harmoniza-te com o bem e aguarda.
Banhado pela fé, nada te deve perturbar. Sustentado pela ação da caridade, que distribuas, não te desesperes.
A tua tarefa de crescimento para Deus, Realiza-la-ás.
Joana de Cusa demonstrou sua fé, no momento do martírio, permanecendo tranqüila até o fim.
João Huss, igualmente na fogueira, compadecendo-se dos sicários que o escarneciam.
Joanna D' Arc, entre as labaredas, manteve-se harmonizada e perdoou seus algozes.
Giordano Bruno, também imolado pelo mesmo processo, ficou sereno. Sempre houve períodos de loucura na Terra.
De quando em quando, a transição da humanidade faculta a eclosão das paixões dissolventes e alucinadas.
Estes são dias graves. Conduza-te com robustez, apoiado no Evangelho de Jesus, seguindo confiante.

Não te atordoa a balbúrdia dos enfermo-sorridentes, dos embriagados-jubilosos, dos intoxicados-zombeteiros.
Foste conduzido a esta situação, a fim de contribuíres para a melhoria das criaturas.
O médico é útil quando surge a enfermidade, ou antes, gerando condições que possam evitar o mal. Quando já instalada a doença, a terapia corresponderá ao seu grau de gravidade.
O mestre faz-se valioso diante da ignorância do aprendiz.
O cristão é fortaleza de segurança e apoio em favor dos que necessitam de ajuda.
Jesus sempre esteve a braços com homens e situações, de certo modo, semelhantes a estes que enfrentas.
Foi nesse clima que Ele demonstrou a Sua grandeza, permanecendo em harmonia com os objetivos a que se entregou, sem perturbar-se, nem tergiversar em momento algum.
Assim, conserva-te em harmonia.

Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

Beijinhos, fiquem com Deus.




O Palhaço Chorou...




Hoje tem espetáculo?
O poeta palhaço
veio nos homenagear;
deu mil cambalhotas,
jogou letras no ar,
trepou no trapézio,
andou sobre as linhas,
fingindo se equilibrar
na mentira, que sabia
como a platéia enganar.
Hoje tem espetáculo ?
e o palhaço, quem é?
Um poeta?
Não! é um trapalhão;
sua alegria é dançar no salão.
Sorria palhaço !
Acabou sua apresentação.
Hoje tem espetáculo,
hoje tem alegria;
está entrando em cena
a verdadeira poesia!

Beijos, fique com Deus.

















A excelência do amor...

... O amor tem sido o grande modificador da cultura e da civilização, embora ainda remanesçam costumes bárbaros que facultam a eclosão de tormentos emocionais complexos...
O Imperador Honório, por exemplo, que governava Roma e seus domínios, era jovem, algo idiota, covarde e pusilânime, conforme narra a História. No entanto, pressionado por cristãos eminentes, discípulos do Amor, fechou as escolas de gladiadores no ano de 399, onde se preparavam homicidas legais.

Quando os Godos ameaçavaram invadir a capital do Império, o general Atílio, em nome do governador e do povo, os bateu em sangrentas batalhas, expulsando-os de volta às regiões de origem em 403.
Ao serem celebradas essas vitórias no Coliseo - o monumental edifício sólido que comportava cinqüenta mil expectadores e propiciava espetáculos variados quão formidandos - estavam programadas cerimônias várias e esplendorosas como: corridas de bigas e quadrigas, desfiles, musicais, bailados... Por fim. em homenagem máxima ao Imperador e ao General, foram exibidas lutas de gladiadores, que se deveriam matar.
No auge da exaltação de massa, quando os primeiros lutadores se apresentavam na arena, um homem humilde atirou-se das galerias entre eles e começou a suplicar-lhes que não se matassem...
O estupor tomou conta da multidão que, logo recuperando a ferocidade, pôs-se a atirar-lhe pedras e tudo quanto as mãos alcançassem, ao tempo em que pediam a morte do intruso, de imediato assassinado para delírio geral...

Apesar do terrível desfecho, aquele foi o último espetáculo dantesco do gênero, e em 404, as lutas de gladiadores foram finalmente abolidos.
O sacrifício de amor do anônimo foi responsável pela radical mudança de hábitos na época.
Ressurgiram. sem dúvida, de forma diferente, naquelas denominadas marciais, no Oriente, e de boxe, no Ocidente, porque ainda predominam os instintos primitivos, mas serão proibidas em futuro não distante, como resultado da força do amor...
Assim também as guerras, as lutas fratricidas, os conflitos domésticos e sociais, quando a consciência de justiça suplantar as tendências destrutivas...
...O amor vencerá !

Trecho do prefácio do Livro: Amor Imbatível Amor. Joanna de Angelis / Divaldo Franco.

Boas reflexões.
Beijos, Deus te abençoe.

Mude

http://www.youtube.com/watch?v=pfHKv85u7T4&feature=related


O sorriso...

Onde estiveres, seja onde for, não olvides estender o sorriso, por oferta sublime da própria alma.
Ele é o agente que neutraliza o poder do mal e a oração inarticulada, que inibe a extensão das trevas.
Com ele, apagarás o fogo da cólera, cerrando a porta ao incêndio da crueldade.
Por ele, estenderás a plantação da esperança, soerguendo almas caídas na sombra, para que retornem à luz.
Em casa, é a benção da paz, na lareira da confiança.
No trabalho, é música silenciosa incentivando a cooperação.
No mundo, é chamamento de simpatia.
Sorri para a dificuldade e a dificuldade transformar-se-á em socorro de tua vida.

Sorri para a nuvem, e ainda mesmo que a nuvem se desfaça em chuva de lágrimas nos teus olhos, o pranto será conforto do Céu, a fecundar-te os campos do coração.
Não te roga o desesperado a solução do enigma de sofrimento que lhe persegue o destino. Implora-te um sorriso de amor, que renove as forças, para que prossiga em seu atormentado caminho.
E, em verdade, se os famintos e os nus te pedem pão e agasalho, esperam de ti, acima de tudo, o sorriso de ternura e compreensão que lhes acalme chagas ocultas.
Não te perturbem as criaturas que se arrojam aos precipícios da violência e do crime. Oferece-lhes o sorriso generoso da fraternidade, que ajuda incessantemente, e voltar-se-ão, renovadas, para o roteiro do bem.
Sorri, trabalhando e aprendendo, auxiliando e amando sempre.
Lembra-te de que o sorriso é o orvalho da caridade e que em cada manhã, o dia renascente no Céu é um sorriso de Deus.

Meimei / Chico Xavier
Beijos, fiquem com Deus.

Reflexão do dia: “A dificuldade transforma o homem numa pérola.”


Há um provérbio chinês muito antigo que diz: “A dificuldade transforma o homem numa pérola.” Haja o que houver, devemos enfrentar as dificuldades para que possamos extrair delas as melhores essências para a nossa espiritualidade, transformando-as em benefícios para consigo e para com os outros.
Mas para isso, a bondade não significa viver de modo passivo, ao contrário, o bem deve reagir contra o mal para que a paz sempre triunfe e para que a maldade, a injúria e o egoísmo sejam erradicados da nossa vida particular e social, e colocados na impossibilidade de lesar. Embora, para alcançar plenitude ou seja, o “equilíbrio”, precisa chamar uma força superior à humana. Devemos conscientizar que temos a “luz-divina” dentro de nós, e então nós encontraremos o caminho certo a seguir para podermos enfrentar nossos obstáculos.
Essas mesmas energias devem ser usadas na luta entre o bem e o mal que se travam dentro de nós para assim transmutá-las em uma só energia que seria a paz. Melhorar e aperfeiçoar a nossa vida espiritual e a nossa fé para que possamos assim compreender a nós mesmos e os nossos semelhantes. Beijos...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Em busca da chuva


Depois de quatro anos de seca na pequenina aldeia, o pároco reuniu todos para uma peregrinação até a montanha; ali fariam uma prece coletiva, pedindo a chuva de volta.

No grupo, o padre notou um garoto, agasalhado e coberto por uma capa de chuva.

"Você enlouqueceu?", perguntou. "Nesta região não chove há cinco anos, e a subida vai lhe matar de calor!"

"Estou resfriado, padre. Se vamos pedir a Deus que chova, já imaginou a volta da montanha? Vai ser tal a enxurrada que preciso estar preparado".

Neste momento, ouviu-se um grande estrondo no céu e as primei­ras gotas começaram a cair. Bastou a fé de um menino para realizar um milagre esperado por milhares de homens.

As três coisas


Chen Ziqin perguntou ao filho de Confúcio: "Teu pai te ensina algo que não sabemos?"

O outro respondeu: "Não. Uma vez, quando eu estava sozinho, ele perguntou se eu lia poesias. Respondi que não, e ele mandou que lesse algumas, porque abrem na alma o caminho da inspiração divina.

" Outra vez ele me perguntou se eu praticava os rituais de adoração de Deus. Respondi que não, e ele mandou fazer isto, pois o ato de adorar faria com que entendesse a mim mesmo. Mas nunca ficou me vigiando para ver se eu o obedecia”.

Quando Chen Ziqin retirou-se, disse para si mesmo:

"Fiz uma pergunta, e obtive três respostas. Aprendi algo sobre as poesias. Aprendi algo sobre os rituais de adoração. E aprendi que um homem honesto nunca fica vigiando a honestidade dos outros”.

O que é traição?


O profeta caminhava pela rua, perguntando: "não somos todos filhos do mesmo Pai Eterno?".
A multidão concordava. E o profeta continuava: "e se é assim, por que traímos nosso irmão?"
Um garoto que assistia, perguntou ao pai: "o que é trair?"
"É enganar o seu companheiro para conseguir determinada vantagem".
"E por que traímos nosso companheiro?" insistiu o garoto.
"Porque no passado alguém começou isto. Desde então, ninguém sabe como parar a roda. Estamos sempre traindo ou sendo traídos".
"Então não trairei ninguém", disse o garoto.
E assim fez. Cresceu, apanhou muito da vida, mas manteve sua promessa.
Seus filhos sofreram menos e apanharam menos.
Seus netos nada sofreram.

Sétimo pecado capital: preguiça

E aqui estamos nós, quase no meio do ano. Nunca acreditei em coincidências, mas acho que ter feito a série sobre os pecados capitais sem pensar no calendário, e notando que a preguiça termina sendo publicada quando muitas de nossas decisões no dia 1 de Janeiro já estão encaminhadas ou abandonadas, deve ser visto como um sinal para nós todos.
Definição do dicionário: substantivo feminino, do Latim Prigritia. Aversão ao trabalho; negligência; indolência.
Para a Igreja Católica: todos os seres vivos que se movem devem ganhar o pão com o suor do seu rosto, e não estar sempre pensando em resultados seguros e imediatos. A preguiça é uma falta de esforço físico ou espiritual, que degenera a alma e leva à tristeza e à depressão.
Uma história da tradição oral: Assim que morreu, Juan encontrou-se num belíssimo lugar, rodeado pelo conforto e beleza que sonhava. Um sujeito vestido de branco aproximou-se: “você tem direito ao que quiser: qualquer alimento, prazer, diversão”, disse.
Encantado, Juan fez tudo que sonhou fazer durante a vida. Depois de muitos anos de prazeres, procurou o sujeito de branco:
“Já experimentei o que tinha vontade”, disse. “Preciso agora de um trabalho, para me sentir útil”.
“Sinto muito”, disse o sujeito de branco, “mas esta é a única coisa que não posso conseguir. Aqui não há trabalho”.
“Passar a eternidade morrendo de tédio? Preferia mil vezes estar no inferno!”.
O homem de branco aproximou-se, e disse em voz baixa:
“E onde o senhor pensa que está?”
Segundo Winnie Albert: como é que uma sociedade pode sobreviver se está cada vez mais concentrada em alimentos congelados, fotos instantâneas, purê de batatas, e leitura dinâmica, e calculadoras eletrônicas?
Sociologia da preguiça: tanto aquele que trabalha em excesso, como aqueles que se recusam a trabalhar, estão reagindo da mesma maneira – procurando afastar-se dos problemas naturais de qualquer ser humano, evitando pensar na realidade próxima e nas responsabilidades inerentes a uma vida normal (Fonte: O trabalhador compulsivo, Oxford, 2001)
Segundo o budismo: tradicionalmente, a preguiça é um dos principais obstáculos ao despertar da alma. Ela se manifesta de três maneiras: a preguiça do conforto, que nos faz permanecer sempre no mesmo lugar. A preguiça do coração, quando nos sentimos desencorajados e desestimulados. Finalmente, a preguiça da amargura, quando nada mais nos importa, e já não somos parte deste mundo ( Fonte: Pema Shodron in Shambala Sun, Novembro 1998)
Comentário do Tao Te King: Um homem no caminho adapta-se ao Caminho. Um homem na virtude adapta-se à Virtude. Um homem que perde alguma coisa conforma-se à Perda. Aquele que se conforma com o Caminho é alegremente aceito por ele. Aquele que é virtuoso é aceito pela virtude.
Aquele que se conforma com a perda é aceito pela Perda.
Costumamos nos perguntar: de onde vem a inspiração? Onde está a alegria de viver? Vale mesmo a pena todo este esforço, já que durante todo o ano que passou eu procurei ir além dos meus limites, sustentei minha família, agi da melhor maneira possível, e mesmo assim não cheguei onde desejava?
Um guerreiro da luz entende que o despertar é um longo processo, e que precisa equilibrar contemplação e trabalho para chegar até onde deseja. Não é refletindo sobre o que não conseguiu que ele irá mudar; muito pelo contrário, nestas perguntas está o germe da inação, do desestímulo. Sim, talvez tenhamos feito tudo certo e os resultados não são visíveis, mas eu tenho certeza: há resultados. Que seguramente serão revelados à medida que andamos – se não desistirmos no meio do caminho....
Feliz trabalho para todos. Muita Luz em seus corações...Bjinhos

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Sexto pecado capital: inveja

Segundo o dicionário: s.f., do Latim Invidia. Misto de pena e de raiva; sentimento de desgosto pela prosperidade ou alegria de outrem; desejo de possuir aquilo que os outros possuem.
Para a Igreja Católica: Se opõe ao Décimo Mandamento (Não cobiçar as coisas alheias). Aparece pela primeira vez no Genesis, na história de Caim e seu irmão Abel.
Em uma história judaica: Um discípulo questionou os rabinos a respeito da passagem no Genesis: “Agradou-se o Senhor de Abel e sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, e descaiu-lhe o semblante. Então lhe disse o Senhor: por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? “
Responderam os rabinos:
" Deus deve ter perguntado a Caim: por que andas irado? Foi porque não aceitei tua oferenda, ou porque aceitei a oferenda de teu irmão?"
Para o jornalista Zuenir Ventura: Os verbos associados a ela (inveja) são corrosão, destruição. Ao mesmo tempo, é preciso encarar a inveja como uma reação humana. Todos os teóricos da inveja acham que a melhor maneira de lutar contra ela é assumir que todo mundo a tem, em graus diferentes.
Para o escritor Giovanni Papini: A melhor vingança contra aqueles que me pretendem rebaixar consiste em ensaiar um vôo para um cume mais elevado. Talvez não subisse tanto sem o impulso de quem me queria por terra. O indivíduo verdadeiramente sagaz faz mais: serve-se da própria difamação para retocar melhor o seu retrato e suprimir as sombras que lhe afetam a luz. O invejoso torna-se, sem querer, o colaborador da sua perfeição.
A inveja e a ética: Para o cientista e pesquisador Dr. William M. Shelton, a inveja é uma reação provocada por pessoas fracassadas, que buscam evadir-se da realidade escondendo-se por detrás de uma cruzada visando restabelecer “valores morais”, “ideais nobres”, e “justiça social”. A situação ganha uma dimensão perigosa quando o sistema escolar começa a desenvolver no aluno o condicionamento para desprezar todos aqueles que conseguem ser bem-sucedidos, atribuindo sempre qualquer êxito à corrupção, manipulação, e degradação moral. Como a busca do sucesso é algo inerente à condição humana, os estudantes terminam em um processo esquizofrênico de odiar justamente aquilo que os levaria à felicidade, aumentando desta maneira as crises de ansiedade, e diminuindo a capacidade de inovar e melhorar a sociedade.
Satã e os demônios: Os demônios vieram reclamar com o Príncipe das Trevas. Há dois anos tentavam determinado monge que vive no deserto. “Já lhe oferecemos dinheiro, mulheres, tudo o que temos em nosso repertório, e nada funcionou.”
- Vocês não conhecem direito o trabalho – respondeu Satanás. – Venham ver como se deve agir em um caso desses.
Voaram todos até a caverna onde o monge santo vivia. Ali, Satanás sussurrou no seu ouvido:
- Seu amigo Macário acaba de ser promovido a bispo de Alexandria.
Imediatamente o homem blasfemou contra os céus, e perdeu sua alma.
Comentário do Tao Te King: Os sábios perfeitos da Antigüidade eram misteriosos, sobrenaturais, penetrantes, profundos demais para serem compreendidos pelos homens.
Eram atentos como o homem que cruza o tormentoso rio em pleno degelo depois do inverno. Prudentes como aquele que é hóspede de alguém muito cerimonioso. Evanescentes como o gelo ao derreter. Despretensiosos como a madeira bruta que não recebeu qualquer forma das mãos humanas.
Quem pode, pela serenidade, purificar, pouco a pouco, o que é impuro? Quem pode tornar-se calmo e assim para sempre permanecer? Aquele que segue o Caminho Perfeito não deseja estar cheio de coisa alguma.
(a seguir: Preguiça, último pecado capital)

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Quinto pecado capital: gula

Segundo o dicionário: substantivo feminino, do Latim gula. Excesso na comida e bebida; avidez, gulodice.
Segundo a Igreja Católica:desejo desordenado pelo prazer conectado com comida ou bebida. Não se deve cortejar alimentos que atacam a saúde. Não se deve dar mais atenção à comida do que aos que nos acompanham. A intoxicação injustificada é uma completa perda da razão e um pecado mortal.
Segundo Peter de Vries: A gula é um distúrbio; significa que algo está nos devorando por dentro.
Do “Verba Seniorum”(A sabedoria dos Antigos): O abade Pastor passeava com um monge de Sceta, quando foram convidados para comer. O dono da casa, honrado pela presença dos padres, mandou servir o que havia de melhor.
Entretanto, o monge estava no período de jejum; quando a comida chegou, pegou uma ervilha, e mastigou-a lentamente. E nada mais comeu.
Na saída, o abade Pastor conversou com ele:
- Irmão, quando for visitar alguém, não torne a sua santidade uma ofensa. Da próxima vez que estiver em jejum, não aceite convites para jantar.
Receita de fígado de ganso com trufas: Limpa-se o fígado de ganso impecavelmente, corta-se o fígado e as trufas em quadradinhos pequenos. Forra-se totalmente uma terrina pequena e alta com várias tiras pequenas de toucinho (estas tiras devem ser finíssimas). Temperam-se com um pouco de sal e pimenta e espalham-se por cima alguns bocadinhos de trufas.Põem-se os restantes bocadinhos de fígado e de trufas em camadas sucessivas. Fecha-se a terrina hermeticamente com ajuda de uma tira de massa feita de farinha e água e leva-se o foie gras a cozer em banho-maria no forno durante 50 a 60 minutos.Depois desta operação coloca-se um peso por cima para a pasta ficar compacta.
A fome no mundo: O número de pessoas famintas nos países em desenvolvimento deve ir dos atuais 777 milhões para cerca de 440 milhões em 2030. Isso significa que a meta da Cúpula Mundial de Alimentação acertada em 1996, de diminuir pela metade o número de pessoas famintas em relação aos níveis verificados em 1990-92 (815 milhões), não será atingida nem mesmo em 2030. África subsaariana é motivo de grande preocupação porque o número de pessoas cronicamente subnutridas só cairá provavelmente dos atuais 194 milhões para 183 milhões em 2030 ( Fonte: relatório da FAO - Agricultura mundial: rumo a 2015/2030)
Em uma história sufi: Um padeiro queria conhecer Uways, e este foi à padaria disfarçado de mendigo. Começou a comer um pão, o padeiro espancou-o e atirou-o na rua.
- Louco! - disse um discípulo que chegava - não vê que expulsou o mestre que queria conhecer?
Arrependido, o padeiro foi perguntou o que podia fazer para que o perdoasse. Uways pediu que convidasse a ele e seus discípulos para comer.
O padeiro levou-os até um excelente restaurante, e pediu os pratos mais caros.
- Assim distinguimos o homem bom do homem mau – disse Uways para os discípulos, no meio do almoço. - Este homem é capaz de gastar dez moedas de ouro num banquete porque sou célebre, mas é incapaz de dar um pão para alimentar um mendigo com fome.
Comentário do Tao Te King: Trinta raios unem-se no cubo formando uma roda. Mas é seu vazio central que permite a utilização do carro.Modelai o barro para fazer um jarro. Recortai no espaço vazio das paredes portas e janelas a fim de que um quarto possa ser usado.
Dessa forma o ser produz o útil mas é o vazio que o torna eficaz.
(a seguir: inveja)

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Quarto pecado capital: Ira

Segundo o dicionário: substantivo feminino, do latim Ira. cólera; zanga; indignação; raiva; desejo de vingança.
Para a Igreja Católica: a ira não atenta apenas contra os outros, mas pode voltar-se contra aquele que deixa o ódio plantar sementes em seu coração, e neste caso normalmente é levado ao suicídio. Precisamos entender que o castigo e a execução do mesmo pertencem a Deus.
No “Verba Seniorum” (A Palavra dos Antigos): Dois sábios, que viviam na mesma ermida no deserto do Saara, conversavam um dia: "vamos brigar para que não nos afastemos do ser humano, ou terminaremos por não compreender direito as paixões que o torturam", disse um deles.
"Não sei como começar uma briga".
"Pois façamos o seguinte: eu coloco este tijolo aqui no meio, e você me diz: é meu. Eu responderei: não , este tijolo é meu. Então começaremos a discutir, e terminaremos brigando".
E assim fizeram. Um disse que o tijolo era dele. O outro contestou, dizendo que não. "Não vamos perder tempo com isto, fique com este tijolo," disse o primeiro."Sua idéia para a briga não foi muito boa. Quando percebemos que temos uma alma imortal, é impossível discutir por causa de coisas".
Em estudo de laboratório: Janice Williams acompanhou por seis anos 13.000 homens e mulheres com idade entre 45 e 64 anos e, tomando o comportamento como base, descobriu que as pessoas que se irritam intensamente, e com freqüência, têm três vezes mais probabilidades de sofrer um infarto do que aquelas que encaram as adversidades com mais serenidade (Williams, 2000).
Isso ocorre porque, a cada episódio de Raiva, o organismo libera uma carga extra de adrenalina no sangue. A alta concentração de adrenalina aumenta o número de batimentos cardíacos e, simultaneamente, torna mais estreitos os vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial. A repetição desses episódios pode gerar dois problemas em geral associados ao infarto; alteração do ritmo cardíaco e uma súbita dilatação das placas de gordura que, porventura, estejam nas artérias. (Fonte: Ballone G.J. - Raiva e Ódio, emoções negativas)
Na música popular brasileira: Mas enquanto houver força em meu peito eu não quero mais nada/ Só vingança! Vingança! Vingança! aos santos clamar/ Você há de rolar como as pedras que rolam na estrada / sem ter nunca um cantinho de seu pra poder descansar. (Lupicínio Rodrigues)
Nas palavras de William Blake: Eu tinha raiva do meu amigo: comentei isso com ele, e a raiva passou. Eu tinha raiva do meu inimigo: não comentei isso com ele, e a raiva aumentou.
No ódio ao estrangeiro (xenofobia): “Todos os países do Oeste estão infiltrados por muçulmanos. Alguns deles são até mesmo capazes de conversar amavelmente, enquanto aguardam o momento de nos assassinar. Dizem que os eventos de 11 de Setembro (2001) aconteceram por causa de um choque de civilizações. É mentira: um choque de civilizações requer duas civilizações distintas, e esse não é o caso. Existe apenas uma civilização: a nossa. “ (Declarações dos dirigentes do Partido Dinamarquês do Povo – DPP – semeando o ódio e o novo fascismo, que a Europa e o mundo inteiro assistem crescer sem tomar sérias providências)
Comentário do Tao Te King: Todas as armas são instrumentos do mal, não sendo em absoluto, instrumentos do sábio príncipe. Ele as usa somente quando premido pela necessidade. A calma e o repouso são o que ele valoriza; a vitória pela força das armas lhe é indesejável.
Considerá-la necessária é sinal de que o homem em prazer com a matança de outros homens, e aquele que se compraz com tal matança não poderá dirigir um império.
Quando quisermos enfraquecer alguém, devemos primeiro fortificá-lo. Se pretendermos derrotá-lo, devemos primeiro elevá-lo. Se tencionarmos despojá-lo, devemos primeiro dar-lhe presentes. Este é o chamado sutil discernimento.
Assim, os submissos e os fracos conquistarão os duros e fortes.
(a seguir: Gula)

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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Terceiro pecado capital: Luxúria...

Terceiro pecado capital: Luxúria...

Definição do dicionário: substantivo feminino, derivado do Latim Luxuria. libertinagem; sensualidade; lascívia. Pode também ser definido como viço nas plantas; exuberância de seiva.
Segundo a Igreja Católica: desejo desordenado pelo prazer sexual. Os desejos e atos são desordenados quando não se conformam com o propósito divino, que é propiciar o amor mútuo entre os esposos e favorecer a procriação. Fere o Sexto Mandamento ( Não pecarás contra a castidade).
Segundo Henry Kissinger: não há nada mais afrodisíaco que o poder.
Em uma história budista: Chu e Wu voltavam para casa, depois de uma semana de meditação no mosteiro. Conversavam sobre como as tentações se colocam diante do homem.
Chegaram à margem de um rio. Ali, uma bela mulher esperava para poder atravessar a correnteza. Chu pegou-a nos braços, carregou-a até a outra margem, e continuou sua viagem com o amigo.
A determinada altura, Wu disse:
" Conversávamos sobre a tentação, e você pegou aquela mulher no colo. Deu oportunidade para o pecado instalar-se em sua alma".
Chu respondeu:
" Meu caro Wu, eu agi naturalmente. Atravessei aquela mulher, e deixei-a na outra margem do rio. Mas você continua carregando-a em seu pensamento - e por isso está mais próximo do pecado”.
Do diário de uma prostituta: Ganho 350 francos suíços para passar uma hora com um homem. Estou exagerando. Se descontarmos tirar a roupa, ensaiar algum falso carinho, conversar alguma coisa óbvia, vestir a roupa, reduziremos este tempo para onze minutos de sexo propriamente dito.
Onze minutos. O mundo gira em torno de algo que demora apenas onze minutos. E por causa destes onze minutos em um dia de 24 horas (considerando que todos fizessem amor com suas esposas, todos os dias, o que é um verdadeiro absurdo e uma mentira completa), eles se casam, sustentam a família, agüentam o choro das crianças, se desmancham em explicações quando chegavam tarde em casa, olham dezenas, centenas de outras mulheres com quem gostariam de passear em torno do lago de Genève, compram roupas caras para eles, roupas mais caras ainda para elas, pagam prostitutas para compensar o que estava faltando mesmo sem saber o que é, sustentam uma gigantesca indústria de cosméticos, dietas, ginástica, pornografia, poder – e quando se encontram com outros homens, ao contrário do que diz a lenda, jamais falavam de mulheres. Conversavam sobre empregos, dinheiro e esporte. Há algo de muito errado com a civilização.
Luxúria e números (em 2002): William Lyon, da Free Speech Coalition, estima que apenas na internet o setor pornográfico tenha um lucro anual entre 10 e 12 bilhões de dólares (23 a 26 bilhões de reais), muito acima do lucro da Microsoft. Em 1999, a Associação de Vendedores de Video e Software constatou que a venda ou aluguel de filmes pornográficos ficou em torno de 4.1 bilhões de dólares ( 8.7 bilhões de reais), superando a maioria dos filmes caríssimos feitos em Hollywood (Fonte:Caslon Analitics Profiles)
Diz o Tao Te King: Mantém a alma sensível e o corpo animal numa unidade para que não possam separar-se.
Controla a força vital, a fim de que te transformes novamente numa criança recém-nascida.
Quando afugentares as visões misteriosas de tua imaginação poderás, então, tornar-te sem mácula.
Purifica-te e não procures respostas intelectuais para o Mistério.
Quando o discernimento penetra as quatro regiões, talvez não conheças aquilo que dá vida e a sustém.
Aquilo que dá vida não reclama qualquer posse. Beneficia, mas não exige gratidão. Comanda, mas não exerce autoridade. Eis a chamada “qualidade misteriosa”.
(a seguir: Ira)

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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Segundo pecado capital: avareza

Definição do dicionário: do latim Avaritia substantivo feminino.Apego excessivo ao dinheiro; mesquinhez; sovinice.

Definição da Igreja Católica: vai contra o Nono e o Décimo Mandamento (Não desejarás a mulher do próximo; Não cobiçaras coisas alheias). Inclinação ou desejo desordenado de prazeres ou posses.

Para o filósofo Seneca: os pobres querem sempre alguma coisa, os ricos querem muito, e os avarentos querem tudo.

Uma história dos Padres do deserto: "Santo homem" - disse um noviço para o abade Pastor - tenho o coração cheio de amor pelo mundo, e a alma limpa das tentações do demônio. Qual o meu próximo passo?

O abade pediu que o discípulo o acompanhasse na visita a um doente que precisava de extrema-unção. Depois de confortarem a família, o abade reparou que, num dos cantos da casa, havia um baú.

"O que tem ali dentro?", perguntou.

"As roupas que meu tio nunca usou", disse o sobrinho do doente. " Comprava tudo, sempre pensou que ia surgir a ocasião certa para vesti-las, mas elas terminaram apodrecendo ali dentro".

"Não esqueça aquele baú", disse o abade Pastor para seu discípulo, quando saíram. "Se você tem tesouros espirituais no seu coração, coloque-os em prática agora. Ou eles apodrecerão."

Texto comentando a crise econômica asiática de 1997: os corretores compravam e vendiam, convencidos de que o mundo não mudaria, e que tudo que precisavam fazer era aplicar mais e mais, e ver suas fortunas crescendo. Não se importavam com os danos que estavam provocando na moeda (da Malásia).De repente, 500 bilhões de dólares desapareceram de circulação. E na hora de explicar a todos aqueles que tinham perdido suas economias acumuladas ao longo dos anos e com muito sacrifício, respondiam: “é culpa do mercado.” Ora, eles eram o mercado.

A morte e a avareza: A morte e a avareza olhavam os homens trabalhando febrilmente para encontrar diamantes em um rio. “Vim aqui levar algumas almas,” disse a morte. “Entregue-me um terço destas pessoas, e irei embora.”

“Eles me pertencem, são meus escravos”, respondeu a avareza. “Não tenho nada para lhe entregar.”

A morte então tocou a água com seu bastão mágico, e a envenenou. Pouco a pouco, todos os que estavam ali foram morrendo.

“Por que você roubou todos os meus escravos?” gritou a Avareza, irritadíssima.

“Porque você não quis me dar nenhum” foi a resposta.

Em um discurso: por causa da sua incapacidade de produzir, o povo judeu é parasita, e seu objetivo é escravizar outros povos. Usam a avareza para manipular a estupidez da classe media ( Adolf Hitler, preparando terreno para o Holocausto, que custou a vida de seis milhões de judeus).

Muitos séculos antes, dizia o rabino Moshe ben Maimon: O Senhor enviou ao homem seus mensageiros, chamados doenças. A Providência Eterna me encarregou de cuidar de sua saúde. Que o amor pelo que faço me guie a cada momento. Que jamais a avareza, ou a sede de poder, ou o desejo de reconhecimento, me ceguem e me façam esquecer que o objetivo de um homem é dar o que tem de melhor a outro homem.

O conselho do Tao Te King: As cinco cores cegam os olhos humanos. As cinco notas ensurdecem os ouvidos. Os cinco gostos injuriam o paladar. As corridas e as caçadas desencadeiam no coração paixões furiosas e selvagens.

Os bens de difícil obtenção causam ferimentos diante de perigosos obstáculos. Por esse motivo(...) o sábio rejeita o superficial e prefere mergulhar no profundo.

(a seguir: A Luxúria)

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