Na singularidade do gesto me sinto tocada quando vejo a alma de um homem ou sem estardalhaços, alguém se dirige à minha. A beleza nasce do contraste entre uma mentira que chega à minha orelha e a verdade que meus olhos vêem. Um olhar. Uma alma. Durante tempo demais, esse olhar foi surdo (“O olho escuta”, diz Claudel). Os homens falam, o mundo faz um certo ruído. Estava na irrefutável lógica do olho da câmera não mais estar “condenado ao silêncio”. Nesses gestos arbitrários, exagerados ou esquematizados que fazem logicamente parte das artes tidas como artes do falso: o teatro, a dança. Eu falo dos gestos dos homens, aqueles que eles fazem quando amam e quando sofrem, quando comem, quando abrem uma janela. alguns momentos de repouso, de contemplação do mundo, abertos à força na sombra obrigatória da tela, de uma imagem, conquistados por um homem suficientemente grande para ver com olhos de cego as mazelas do mundo! Que maravilha que assim seja, pois poderemos sempre nos deliciar com imagens tão linda!
Minha homenagem a você querido! Bjos com amor!